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Dança e artes plásticas

02:59

Parade

Massine, Léonide (France)

Maison de la Danse de Lyon 2008 - Director : Picq, Charles

Choreographer(s) : Massine, Léonide (Russian Federation)

Video producer : Maison de la Danse

Integral video available at Maison de la danse de Lyon

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05:38

Le saut de l'ange

Bagouet, Dominique (Le saut de l'ange)

08:17

Carmen/Shakespeare

Mesa, Olga (France)

04:43

N°14

La Ribot (Switzerland)

02:26

100% polyester, objet dansant n°( à définir)

100% polyester, objet dansant n°( à définir) (100% polyester, objet dansant n°( à définir))

03:28

b.c, janvier 1545, fontainebleau.

Rizzo, Christian (France)

Maison de la Danse de Lyon 2007

Choreographer(s) : Rizzo, Christian (France)

Video producer : l'association fragile;Maison de la Danse

Integral video available at Maison de la danse de Lyon

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Dança e artes plásticas

Maison de la Danse de Lyon 2019 - Director : Plasson, Fabien

Autor : Marie-Thérèse Champesme

Descobrir

A dança e as artes plásticas foram, muitas vezes, uma fonte de inspiração uma para a outra e influenciaram-se mutuamente. Este Thema não pode abordar todas as formas das suas relações; tenta unicamente mostrar a importância da criação plástica em certas coreografias. O artista plástico não é um simples colaborador do coreógrafo. Por vezes, é o coautor da peça e, em certos casos, o dispositivo do espetáculo, considerado como uma obra por inteiro, também pode ser apresentado como uma instalação num local de exposição. 

Description

Parade – Léonide Massine  
Serge de Diaghilev, o diretor do Ballets russes, desejoso de dar a mesma importância à dança, música e ao cenário, associa : Jean Cocteau Erik Satie et Léonide Massine para a criação de Parade, em 1917. Sabemos que Massine e Picasso trabalharam juntos, modificando cada um os seus projetos em função das propostas do outro. Os bailarinos parecem carregar os elementos do cenário às costas. A propósito, Cocteau dizia «parece atuar na peça, em vez de se limitar a assistir.» Parade é marcada pela recusa do naturalismo e da psicologia, e pelas referências ao espetáculo popular, como o circo ou o cabaret. A ligeireza e anticonformismo desse ballet provocaram um escândalo nesse período de guerra.


Le Saut de l'ange - Dominique Bagouet
Le Saut de l’ange, de Dominique Bagouet, foi criado em 1987, no pátio Jacques Coeur em Montpellier. Christian Boltanski, que assina a cenografia e os figurinos, mas também a conceção da peça, dividiu o espaço cénico em duas partes: uma fica vazia, os intérpretes dançam no chão. A outra é ocupada por um pódio vermelho e amarelo, que faz lembrar o circo, criando simultaneamente um pequeno teatro dentro de um teatro. Mal fica escuro, vemos as lâmpadas elétricas a acenderem-se, fazendo lembrar as festas populares e as decorações de Natal. A cenografia erradamente inocente de Boltanski e a sua desconfiança em relação à tradição do ballet ajudaram Dominique Bagouet a «soltar[8]» a sua dança, a torná-la mais espontânea.


Soapera – Mathilde Monnier  
Após vários anos, Mathilde Monnier ama criar em colaboração com músicos, autores, artistas plásticos ou com outros coreógrafos. Em 2010, realiza com um pintor, Dominique Figarella, Soapera. Escondidos no interior dessa espuma, confrontam-se com a matéria espessa e húmida, levantam-na, mudam-na de sítio, esculpem-na, e surgem durante alguns momentos. A lentidão dos seus gestos permite à espuma manter o volume durante muito tempo e conservar o seu mistério.  
 

Carmen/Shakespeare - Olga Mesa e Francisco Ruiz
Carmen/Shakespeare é um projeto com vários atos de Olga Mesa e Francisco Ruiz de Infante. Para o Ato I, eles criam, em 2013, um dispositivo audiovisual que mistura o vídeo e os seus sons gravados o em tempo real podendo assim também ser apresentado sob forma de instalação. Carmen/Shakespeare é uma peça sobre a sedução, o desejo, as tensões e os jogos de poder no seio do casal. A cena é um «campo de batalha»[12], uma metáfora para a desordem amorosa, onde os dois protagonistas, simultaneamente encenadores, intérpretes e personagens, são tanto cúmplices como rivais. Mesas e cadeiras de diferentes escalas, projetores sobre tripés, colunas, computadores, microfones, mesas de mistura, fogareiros elétricos e máquinas de fumo invadiram o palco. A cada instante, o corpo deve reafirmar a sua liberdade, a sua singularidade, a sua recusa em ser um objeto, e o espaço da dança deve ser reconquistado.  
 

Pièces distinguées – La Ribot
Desde 1991, La Ribot situa deliberadamente o seu trabalho entre a dança, a performance e as artes plásticas. Para mudar a relação com o público, libertar-se dos formatos impostos pelas instituições e trabalhar de forma diferente sobre o corpo no espaço, ela apresenta as suas Pièces distinguées em museus ou galerias. Ela vende-las, de resto, como obras de arte a colecionadores. La Ribot apresenta-se nua. Ela  utiliza objetos do quotidiano, tendo um prazer maligno em dar-lhes funções inesperadas, lúdicas ou violentas. Alguns podem mesmo transformar-se em instrumentos de prazer sádico ou de tortura. Rituais absurdos, Pièces distinguées oscilam entre o humor e a tragédia: o corpo é muitas vezes brutalizado, usado, tratado como mercadoria, medida ou maltratada. De pé ou sentado no chão, próximo da bailarina, o espetador sente-se desconfortável, embora voyeur da violência a que o fazem assistir.  
 

100% polyester, objet dansant n°( à définir) – Christian Rizzo
100% polyester, objet dansant n°( à définir), é a primeira peça realizada por Christian Rizzo e pela Association Fragile, era uma peça sem bailarinos, onde o movimento era criado pela brisa dos ventiladores sob as vestes. Era ou uma instalação, ou um espetáculo que fala de ausência, tema recorrente em Christian Rizzo. Desde então, ele escreve as suas peças com os corpos dos bailarinos, concedendo mais atenção aos espaços que abrem os seus gestos, e ao desenho formado pelo intervalo que os separa.    
 

b.c, janvier 1545, Fontainebleau - Christian Rizzo
Quando Christian Rizzo escreve um solo, não pode imaginar um corpo sozinho no palco: precisa, pelo menos, de um acessório, para que o corpo ressoe. Quando cria um espetáculo, primeiro concebe a cenografia. b.c, janvier 1545, fontainebleau passa-se dentro de um caixa, onde todas as distâncias foram calculadas ao milímetro. Ela serve de estrutura ao painel preto e branco, animado pela vibração da luze que os movimentos trabalhados da bailarina transformam lentamente. No dispositivo implacável de Christian Rizzo, sob o olhar do próprio coreógrafo tem lugar um estranho ritual, onde se reencontram o geométrico e o orgânico, o vivo e o inanimado.
 

Com mais profundidade

  BABLET, Denis. Les Révolutions scéniques du XXe siècle. Paris : Société internationale d'art, 1975.  395 p.  
  BANES, Sally. Terspichore en baskets, post-modern dance. Paris-Pantin : Chiron -  CND (coéd.), 2002. 310 p.  
  BOISSEAU, Rosita GATTINONI, Christian. Danse et art contemporain. Paris : Nouvelles éditions Scala, 2011. 127 p. (Sentiers d’art).  
  CUNNINGHAM, Merce. Le danseur et la danse : entretiens avec Jacqueline Lesschaeve. Paris : Belfond, 1980. 250 p. (Entretiens).    
  FRIMAT, François. Qu'est-ce que la danse contemporaine (Politique de l'hybride). Paris : Presses Universitaires de France, 2010. 141 p. (Intervention philosophique).  
  GINOT, Isabelle. Dominique Bagouet, un labyrinthe dansé. Pantin : Centre national de la danse, 1999. 303 p. (Recherches – CND).  
  HUESCA, Roland. Danse, art et modernité : au mépris des usages. Paris : Presses Universitaires de France, 2012. 263 p. (Lignes d’art).    
  KUYPERS, Patricia. « Réinventer l'espace. Un entretien avec Lucinda Childs », in Nouvelles de danse. Danse et architecture, n°42-43. Bruxelles : Contredanse, 2000. p. 117-134    
 MACEL, Christine, LAVIGNE, Emma. Danser sa vie : art et danse de 1900 à nos jours. Catalogue d’exposition (Paris, Centre Pompidou, Musée national d'art moderne, 23 novembre 2011 -2 avril 2012). Paris : Centre Pompidou, 2011. 320 p.   
  MICHAUD, Éric. Théâtre au Bauhaus : 1919-1929. Lausanne : L'Age d'Homme, 1978.  201 p. (Théâtre années vingt. Série Etudes)  
  MONNIER, Mathilde, OLISLAEGER, François. Mathilde : danser après tout.  Paris-Pantin : Denoël Graphic - Centre national de la danse (coéd.), 2013. 2 volumes, 175 p. (Denoël graphic). 120 p.  
  PERRIN, Julie. Figures de l'attention – Cinq essais sur la spatialité en danse : Xavier Le Roy, Yvonne Rainer, Olga Mesa, Boris Charmatz et Merce Cunningham. Dijon : Les presses du réel, 2013. 323 p. (Nouvelles scènes).  
  RIZZO, Christian. Quelque chose suit son cours... : une année d'entretiens avec Marie-Thérèse Champesme. Pantin : Centre national de la danse, 2010. 172 p. (Parcours d’artistes).  
  RONDEAU, Corinne. Lucinda Childs. Temps/Danse. Pantin : Centre national de la danse, 2013. 157 p. (Parcours d’artistes).  
  ROUSIER, Claire. La Ribot. Pantin : Centre national de la danse, 2004. (Parcours d’artistes).  
  ROUSIER, Claire (dir.). Oskar Schlemmer : l'Homme et la figure d'art. Pantin : Centre national de la danse, 2002. 173 p. (Recherches – CND).    
  DVD  
  ABEILLE, Anne (dir.), RODES, Christine. Dominique Bagouet [DVD]. Paris : La Maison d'à côté, 2010. 2 DVD + 1 livret (132 p.).  
 BENSARD, Patrick. Lucinda Childs [DVD]. Paris : CNC [distrib.], [DL 2010],  52 mn.  (Images de la culture. Danse).
  La Ribot. Treintaycuatropiècesdistinguées&onestriptease [DVD]. Madrid : La Casa Encendida de la obra social de caja, 2007, 149 min.    
  PETER, Luc. La Ribot distinguida : Images de la culture : Danses [DVD]. Paris : CNC, 2004, 63 mn. (Images de la culture).  
  Websites  
  Lucinda Childs Dance [en ligne]. Disponible sur : : http://www.lucindachilds.com/    
  Les Carnets Bagouet [en ligne]. Disponible sur : : www.lescarnetsbagouet.org    
  Mathilde Monnier [en ligne]. Disponible sur : : http://www.mathildemonnier.com/    
  Cie Hors Champ/Fuera de Campo [en ligne]. Disponible sur : http://www.olgamesa.eu/  
  La Ribot (Maria Ribot) [en ligne]. Disponible sur : http://www.laribot.com/    
  L’association fragile / Christian Rizzo [en ligne]. Disponible sur : http://www.lassociationfragile.com/   

Autor

 Marie-Thérèse Champesme ensina a história da arte e da dança na Universidade do Litoral em Dunkirk. Ao mesmo tempo, ela colabora com artistas contemporâneos (curadores de exposições, suporte de projetos, textos e entrevistas ...) como Christian Rizzo ou Peter Downsbrough.

Créditos

Selecção de excertos

Marie Thérèse Champesme
 

Selecção de bibliografia e texto

Marie Thérèse Champesme
 

Produção

Maison de la danse


O Parcours “Dança e artes visuais” foi lançado graças ao apoio do Secretariado Geral de Ministérios e Coordenação de Políticas para a Inovação Cultural.

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